Blockchain é usada para verificar autenticidade de obras de arte

O mercado de arte depende intrinsecamente da verificação da autenticidade das obras de arte. Sem isso, um quadro ou uma escultura pode se constituir em um objeto de extrema beleza – mas será completamente desprovido de valor. Como prova disso, no respeitadíssimo Hiscox Online Art Trade Report deste ano, os serviços mais procurados pelos compradores de obras de arte e itens de coleção são os Certificados de Autenticidade e os Relatórios de Condição.

O que tem a ver o blockchain com isso? Simplesmente, tudo. Com a tecnologia do “livro-razão permanente descentralizado”, vai ser possível verificar a autenticidade de qualquer coisa.

Startups como Monegraph e Ascribe já estão tentando se posicionar nesse espaço. E agora surgiu uma concorrente nativa desse mercado, a Verisart, uma startup novinha de folha de Los Angeles, que está pronta para ser lançada, trazendo tecnologias descentralizadas que irão ajudar artistas e colecionadores com novas maneiras de certificar, documentar, verificar e o que mais for necessário. O projeto é usar blockchain para construir um registro global de arte e colecionáveis, juntamente com museu padrão de metadados, para garantir a proveniência a trabalhos físicos que podem ser verificados online e em tempo real, beneficiando artistas, colecionadores e revendedores.

Rhodium , um fundo de investimentos israelense, garantiu o financiamento inicial (“seed financing” em termos ainda não revelados.

Quem também está envolvido no projeto é Peter Todd. Esse lendário personagem, “core developer” do bitcoin e de grande projeção na comunidade blockchain/bitcoin, está no conselho da startup.

"Acreditamos que a tecnologia pode ajudar na confiança e na liquidez, especialmente quando o mercado de arte, cujo valor anual supera US$ 67 bilhões, está migrando para vendas privadas (peer-to-peer) e transações online", diz Robert Norton, fundado da Verisart. "Acreditamos que o token criptográfico usado no blockchain atende às preocupações de privacidade e segurança no mundo da arte, garantindo o anonimato do comprador e do vendedor, além de outras informações confidenciais".

Ele prossegue: “Atualmente, confia-se demais nos intermediários para garantir confiança e liquidez. Acreditamos que o advento de um livro-razão mundial descentralizado, aliado a criptografia poderosa para mascarar as identidades do comprador e do vendedor, será atraente para o mundo da arte. À medida que mais vendas de arte se realizam online, haverá uma crescente demanda por certificados de autenticidade, bem como a necessidade de realizar uma verificação em tempo real da proveniência. O blockchain permite que potenciais compradores verifiquem a cadeia de título em um trabalho sem depender de um único nó de verificação. ”

O aplicativo para dispositivos móveis será lançado nos próximos meses e será disponibilizado inicialmente para os artistas, com a API de vendedores online disponível logo em seguida.

Norton diz que o app será sempre gratuito para artistas e foi projetada para ajudá-los a gerenciar seus trabalhos e bancos de dados de colecionadores a longo prazo.