Quando eu tiver 80 anos, numa visita especial a Belém

in #brasil7 years ago (edited)

Registros de caderno para o futuro

Acabei de anotar também no meu caderninho que: se um dia, num evento cultural, me perguntarem o que foi/é o Facebook, direi com aquela voz esperta de uma velhinha gaiata:

  • Malta, aquilho foi/é uma metralhadora virtual. Um Garderobe de dores e, de vez em quando, entretenimento, sabe? Que nem telefone, que às vezes liga?

“A Sra não sabe de nada.... hehehe”

Um sabichão se esticou a dizer.

“Nem nunca saberei... de tudo. Guarde isso pra sua terceira idade.”

“Malta? Aquilho? Garderobe? Que português é esse?”

Outro esperto se esticou.

É o português de quem é metida a besta e p
ega vocabulários alheios, dos lugares onde viveu. Égua, vocês reparam em tudo!”

“Égua? Égua é coisa do passado, agora é Eh pá!”

Pra quê ele foi dizer isso…

“Pois me diga! Me diga agora quem foi o desgraçado de
Lisboa que matou meu Égua do Pará!! Tu é doido mano,
sou velha, mas sei bater.”

“É brincadeira…”

“Marr menino, tua mãe não tem Peroba em casa não? Pra passar nessa cara de pau a querer matar a velha…”

Todos rimos.

Fim do encontro antes da chuva.

Mais tarde, dormi em paz na rede, numa sesta que até os cachorros fazem, tamanho é o calor…

Assim dizia meu querido Inglês de Souza, em O Cacaulista.

“Eta vida besta…”

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Belém do tacacá ou do pastel de nata? :-) Valeu!!!