Qual é o preço de uma educação superior
Agora são 15h11, estou gripado, longe de casa, em pleno sábado de aleluia... Este é um feriadão que normalmente serve para descansar, refletir e bater um papo com os familiares. Para mim não.
Ficar sozinho no apartamento me levou a refletir sobre o preço que se paga para sair da casa dos pais e estudar em uma instituição renomada. Louças por lavar, trabalhos por fazer, e outros tantos para serem finalizados. A gripe me proporciona pausas no conteúdo que precisa ser lido para uma breve assoada de nariz e, ainda, me deixa cansado sem que eu tenha feito nada.
Sair da casa dos pais parece libertador, mas é difícil. É você quem cuida dos seus horários, da sua comida, da sua casa. Não há mais ninguém para culpar pelos insucessos diários, pelos seus traumas e pela meia que sumiu.
Você não pensa apenas sobre sua vida acadêmica, mas sobre sua vida social, suas tarefas domésticas, a notícia que você leu. Tudo se torna um monstro enorme prestes a te devorar de madrugada. Então você dorme mal, porque lembra que tem coisas para fazer no outro dia.
Ao acordar, a dor nas costas faz você lembrar que tem que pegar leve. Nesse momento, você relaxa, faz uma gemada com chá de marcela, coloca música no máximo e tenta curtir. É aí que você se lembra que o prazo é amanhã.
Essa dor de deixar de viver o presente para – quem sabe – viver o futuro, incomoda a mente e o corpo. Precisamos dormir 8 horas, mas também precisamos trabalhar muito para que a sociedade seja próspera. Precisamos comer, mas já não há tempo para saber o que estamos consumindo.
A formação acadêmica é paga, dia após dia, com um pouco da nossa sanidade mental – além do aluguel, da mensalidade, dos materiais e todo o resto. Surgem aqueles que falam que é frescura, ou que erguer a pá dói bem mais. O simples fato de perceber o que acontece ao nosso redor é frescura.
Somos estimulados a pensar como empregados desde o Ensino Fundamental. No Ensino Médio, dizem que sem faculdade seremos garis. Ninguém nos ensina o preço que pagamos para nos tornarmos meros empregados.
Depois de pagarmos impostos, taxas, boletos e contribuições, com muita sorte, iremos pegar fila para receber nossa aposentadoria, comprar nossos remédios e ter uma morte em paz.
Qual é o preço que pagamos e qual o retorno de uma educação superior?
Valeu! Quem sabe com o blockchain e criptomoedas um dia seja possível receber recompensas para estudar e aprender :-) Uma dica, para posts em português o pessoal dos projetos @camoes e @lusofonia (hj inativos) recomendaram a adoção da tag #pt, que vem sendo utilizada até hj. Sucesso e boa sorte mais uma vez!!
Obrigado pela dica Wagner! Não sabia dessas tags, pois sou novo aqui no Steemit.
Pode deixar que vou usar.
Boa sorte pra você também :)
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