Olhar para a vida
Não é saber,
se a vida é bela ou trágica.
Feitas as contas,
ela não passa de uma paixão desafiante.
Olhar distantes e contraditórios na aparência,
verdades e sofrimentos misturados,
são cansaços e alegria,
misteriosa vida de amor,
e isolados caminhos acompanhados.
Vozes feitas por ar,
construção concreta de coisas ligeira.
Olhos prudentes presentes,
por discursos muralhados
com angustia e aliviadas letras
Olhar a vida,
como trabalho a fazer.
Para passar do apego,
À hospitalidade do ser.
A vida minúscula,
necessária
e preciosa como nenhuma outra coisa
para querer.
Gabriel Sequera, SJ