VENCENDO A ENXAQUECA

Olá, pessoal.

Hoje vou compartilhar com vocês um grande problema em minha vida, que acredito que muitos vão se identificar.

Em algum momento da vida, todos nós já tivemos dor de cabeça, por diversos motivos.

A grande diferença é que, quando se tem uma dor de cabeça, na maioria das vezes um comprimido comum resolve a situação. Enxaqueca não.

Muitos dizem que a enxaqueca, é uma dor de cabeça mais intensa, mas não. A dor de cabeça é apenas um dos sintomas da dela.

Essa é uma doença que atinge muitas pessoas, mas a maioria não dá a devida importância por pensar que é normal e acaba se automedicando, o que piora MUITO a situação, pois seu corpo se acostuma com o ativo do remédio e acaba não fazendo mais efeito.

É uma dor horrível, que lateja, dá náuseas, tontura, com a vista muito sensível à luz, hipersensibilidade a qualquer barulho, etc. Tudo isso te afasta das pessoas e altera muito o humor te deixando irritada. A única alternativa é se trancar num quarto escuro completamente silencioso. Nesse caso, é possível ouvir o latejar da sua cabeça e senti-la pulsar sob o travesseiro. Isso tudo é o que eu sinto nas crises.

Meu relacionamento com a enxaqueca é longo. A verdade é que eu não lembro da minha vida sem ela.

Achei que era a necessidade de óculos. Comecei a usar, não melhorou.

Depois a desculpa era a adolescência, as coisas dos hormônios e tal. A fase passou, a dor não.

Comecei a trabalhar, talvez seja por acordar cedo e o estresse do trabalho.

Entrei na faculdade. Trabalhar, estudar, dormir pouco, comer mal. Deve ser tudo isso.

Pois bem, a faculdade acabou, e a enxaqueca continuava.
Foi aí que decidi fazer exames neurológicos, pois não era possível sentir tanta dor sem nenhuma explicação. Fiz exames e na consulta o médico me disse: “Não deu nada nos seus exames, parabéns você tem uma cefaleia crônica. Não tem cura, tá? Vou te passar um remédio que funciona em 99% dos pacientes”.

Adivinha? Eu estava no 1% que o tal remédio milagroso não fez efeito!

Isso me deixou muito frustrada...revoltada pra falar a verdade. Vou ter que conviver com isso pra sempre?

Comecei a fazer um “Diário da Enxaqueca” pra tentar identificar se alguma coisa que eu comia ou fazia desencadeava a dor. E o resultado foi pior ainda. Parecia que TUDO me dava enxaqueca!

É bem difícil o diagnóstico e o tratamento dessa doença, pois ela é multifatorial.

Pra cada pessoa ela tem uma causa diferente ou várias delas, como por exemplo, fatores ambientais (sol, poluição, odores fortes), alimentares (jejum, embutidos, produtos industrializados, álcool), alterações hormonais, emocionais ou no sono.

A chave é encontrar o foco, e diminuir a exposição do seu corpo ao restante, para amenizar a frequência das crises.

Finalmente encontrei um Neurologista que procurou investigar, entre todas as possibilidades, qual me afetava mais.
Descobri que minha ansiedade é o foco da minha enxaqueca. Tratando ela, eu consigo ver com mais clareza quais os pontos que me afetam e evito ao máximo.

Percebi que alimentos com corantes e embutidos são enxaqueca na certa, no meu caso. Mortadela e refrigerante de cola é muito prejudicial pra mim.
Já o café, posso tomar diariamente que me faz até bem!

Estou em tratamento e acompanhamento médico desde outubro de 2017 e posso dizer que minhas crises diminuíram significativamente. Esse ano tive apenas 2 crises, o que pra quem quase diariamente, é uma vitória!

Se você sofre com isso, não desista. Se possível, se consulte com mais de um médico até encontrar um que investigue seu problema. Além de neurologista, um psicólogo também pode te ajudar muito.

Tente identificar o que te faz mal no seu cotidiano, fatores internos e externos. Tenho certeza que com ajuda será possível combate-la.

Cura? Não sei. Mas só de não tê-la presente todos os dias, já é bem eficaz.

E você? Também sofre com enxaqueca? Me conte sua experiência :

Obrigada por ler.

Até mais.