CVM não permite que fundos invistam em criptomoedas
A princípio, parece que a autarquia está limitando o crescimento e desenvolvimento desses ativos no Brasil, pois se um fundo de investimento entrasse nesse mercado, haveria uma enxurrada de outros agentes querendo fazer o mesmo. O Bitcoin aumentaria consideravelmente sua popularidade e deixaria de ser excluído do mercado financeiro.
Porém, a CVM está apenas fazendo seu papel, em que a proibição vai de encontro à uma das finalidades:
Art.3º - A CVM tem por finalidade:
IV - proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra:
a) emissões irregulares de valores mobiliários;
b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores mobiliários;
Poucas pessoas ainda conhecem as utilidades das criptomoedas e os benefícios do blockchain, (como o barbeiro do @dudutaulois) mas é na permissão de um fundo de investimentos captar recursos para alocar nesse mercado que reside o problema.
A proposta de retornos astronômicos pode atrair muita gente que não entende nada de criptomoedas. Todavia a administração falha de um fundo ou mesmo a má fé dos gestores poderiam criar enormes problemas, e os cotistas não teriam a quem recorrer. Os gestores sairiam impunes e os investidores com o prejuízo.
Toco novamente na tecla da regulação não para inibir a utilização do Bitcoin e de outras criptomoedas, mas para que as regras do jogo sejam estabelecidas e os interessados possam alocar recursos, desenvolver o mercado, e deixá-las ao alcance de todos.
Economista, trabalha no mercado financeiro a mais de 6 anos, entusiasta das criptomoedas e busca a disseminação dos conceitos do mercado para todos, sem “economês”.
Não vai dar em nada, o bitcoin veio para isso derrubar barreiras do governo.