Milton Friedman, o salvador do Chile.
Provavelmente você já ouviu por ai a frase "não existe almoço grátis" que é atribuída ao economista Milton Friedman (1912-2006). Mas Friedman foi muito mais que um criador de bordões, ele foi um dos economistas mais influentes da segunda metade do século 20 e um defensor público dos livres mercados.
Friedman carrega no currículo alguns dos mais importantes prêmios do cenário econômico como o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel (1976), Medalha John Bates Clark (1951) Medalha Presidencial da Liberdade (1988) e Medalha Nacional de Ciências - Ciência do Comportamento e Social(1988).
Mas como Friedman "transformou" o Chile afinal? Friedman foi conselheiro econômico de Augusto Pinochet. Vários ex-alunos chilenos de Friedman, os “Chicago Boys”, ocuparam ministérios no regime chileno.
O que Friedman fez, foi ter revertido uma violenta crise econômica iniciada no governo “proto-chavista” de Salvador Allende (Partido Socialista) com inflação de 1.000% ao ano. Em 1975, Pinochet ouviu de Friedman que a receita era cortar gastos públicos, privatizar estatais e eliminar obstáculos à livre iniciativa. E ele assim fez.
Quando Pinochet deixou o poder, em 1990, o PIB chileno havia crescido 40% e o país se tornara um dos mais ricos das Américas, com excepcionais indicadores sociais. Os sucessivos governos de centro-esquerda que sucederam a Pinochet mantiveram a política liberal desenhada por Friedman, e a solidez da economia chilena teve efeito evidente na baixa letalidade de um terremoto (2010) que, em um país pobre, teria representado um desastre bíblico.