Série "Artistas que recomendo ouvir" #1 : Jorja Smith [Biografia - Recomendação]

in #pt7 years ago (edited)


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Bem, como quem me segue e tem boa memória sabe, já falei de artistas da música aqui no meu perfil, os 2 primeiros posts, 1 sobre Charles Bradlay, que você pode ler aqui e um sobre James Carr, que você pode ler aqui, não foram exatamente parte de uma série.

O terceiro, sobre a cantora Arlissa, que você poder ler aqui, tinha como ideia criar uma série, chamada "Vale a pena ouvir", porém, como sempre, estive refletindo sobre o nome e as mensagens que ele, e por causa das reflexões, que pretendo abordar em outro momento, resolvi mudar para "Artistas que recomendo ouvir", como é o primeiro post com esse nome, fica sendo o primeiro da série.

Dito isso, vamos falar sobre a pessoa que escolhi para (re)iniciar essa série.

Infância

Jorja Smith é uma cantora britânica nascida em 11 de junho de 1997 em Walsall uma cidade industrial situada no condado metropolitano de West Midlands. Seu pai, um música jamaicano crescido na Inglaterra, sua mãe uma produtora de joalheria/bijuteria natural da Inglaterra.

A influência da música e do estilo que escolheu veio desde o berço, pois seu pai foi líder de uma banda de neosoul vocal chamada 2nd Naicha quando era mais jovem.

Jorja Smith foi criada ouvindo uma mistura de box's da Trojan Records, Curtis Mayfield e Damian Marley, entre outros artistas do reggae, rock e soul.
O pai de Jorja ao ouvir a filha cantando na igreja a música "Silent Night" percebeu que ela tinha talento e a encorajou a aprender piano, posteriormente ela ganhou uma bolsa escolar em uma escola local bem prestigiada, onde aprendeu oboé e teve aulas de canto clássico. Ela cresceu em sua primeira década acreditando que a música poderia lhe oferecer uma saída da cidade onde nasceu. Fez parte do coletivo de música OGHORSE que reunia jovens musicistas da região.

Adolescência

Ela começou a produzir e escreveu uma de suas primeiras músicas "Life is a Path Worth Taking"(A Vida é um caminho que vale a pena tomar) quando tinha 11 anos.

As coisas realmente começaram a acontecer quando em meados de 2011 Jorja fez um vídeo com um amigo cantando o hit "Too Close", do cantor Alex Clare e subiu no youtube, o vídeo fez tanto sucesso que suas colegas de escola ao encontrarem com ela pediam para que ela cantasse.



Vídeo de estréia de Jorja.

Na época, com quinze anos, ela já começou a chamar a atenção tanto, que foi contatada por alguns selos musicais, alguns dos quais são os atuais responsáveis por gerenciar a carreira dela. Esse foi um grande passo. Quando ela terminou os seus exames na escola ela tinha escrito mais de 70 músicas.

Além do que aprendeu e ouviu em casa, Jorja assimilou ao seu estilo os ritmos do funky house, dubstep e outros ritmos mais eletrônicos.

Das músicas que criou e ainda não lançou, há um longo catálogo que abrange desde o pop até o soul moderno. Uma das canções iniciais que ela lembra ter escrito se chama “High Street”, que narra sobre quando todas as lojas da cidade onde morava, Walsall, fecharam durante a recessão econômica do final dos anos 2000 deixando para trás uma cidade fantasma. Segundo Jorja, Walsall é um lugar quebrado, com “um monte de pessoas criativas, mas não muitas possibilidades".

Idade Adulta

Após terminar a escola, Jorja se mudou para Londres, onde após trabalhar turnos no Starbucks, ela corria para casa para escrever mais músicas, evitando baladas e se embrenhando em seu feed do Tumblr e nos filmes surreais de Wong Kar Wai(conhecido cineasta chinês.

Mas as coisas não ficaram normais durante muito tempo. Em janeiro de 2016, ela finalmente lançou de forma autônoma no Soundcloud o single “Blue Lights”(luzes azuis), uma música que mistura de forma única tons determinados com um leve pedido por empatia. A música rapidamente alcançou uma reprodução regular em uma rádio local de Londres.



Música Blue Lights

Pegando o refrão de um discurso político de 2007 de Dizzee Rascal’s 2007 chamado “Sirens”(sirenes), “Blue Lights” foi inspirada na questão do “the black stereotype”(o esteriótipo negro) e pelo Form(Formulário) 696, um documento licenciatório mandatário que, até 2008, exigia que promotores de eventos informassem a composição étnica da sua audiência prevista(em resumo, queriam saber se negros e outras etnias compareceriam ao evento). Isso geralmente levava a polícia a encerrar eventos musicais simplesmente por causa da maioria da audiência ser negra.

Lançou também a música "Where Did I Go?"(para onde devo ir?), que gravou em uma tarde com um celular. A produção é uma série de primeiros planos que mais que evidência de narcisismo são ao mesmo tempo vindicação e introspecção. É uma canção de desamor, mas também é questionar-se e crescer, de tomar partido, de buscar-se a partir da pena e de volta a se levantar.


Música Where Did I Go? - Atenção nos planos

Crescimento no cenário musical mundial.

No ano passado, Jorja foi indicada pela BBC como um dos nomes que deveríamos prestar atenção. Em 2018 ganhou o prêmio Critc’s Choice do Brit Awards – a maior premiação musical da Inglaterra – que elegeu Jorja como a grande aposta da música britânica para 2018.

Critic’s Choice, do Brit Awards, é uma plataforma que coloca o artista escolhido numa espécie de pedestal que praticamente garante o sucesso. Para entender um pouco da magnitude de ter sido nomeada como a grande aposta, é só notar que entre os artistas escolhidos em anos anteriores estão Rag’N’Bone Man, Sam Smith e Adele.

Jorja foi bem cotada na imprensa nacional do Reino Unido e foi apontada pela BBC e pela Evening Standard como um das artistas mais atuais do Reino Unido. Além disso ela ficou em 4º lugar de uma lista de 15 artistas, chamada 15 Sounds of 2017 da BBC.. FACT Mag também classifico Jorja como uma dos seus 10 artistas de Pop e R&B para se ouvir em 2017.

O rapper canadense Drake também deu apoio ao estilo encantador de Jorja, convidando a cantora para abrir alguns de seus shows e para fazer a participação na faixa Get it Together, que faz parte do seu mais recente disco More Life, lançado em 2017.

Estilo de Jorja

É fácil entender porque Jorja conseguiu alcançar sucesso. Sua voz pode silenciar uma sala. No geral, e em “Blue Lights” em particular, seu tom é meio jazzístico numa fusão de jazz com reggae, rock e soul. Tendo influências também de Mos Def.

Além da voz, a postura de Jorja lembra também Erykah Badu, com tendo o etilo de cantar parecido com o de sua heroína Amy Winehouse, e com maneiras, principalmente na escrita, similares a de Lauryn Hill. Também foi comparada com Rihanna e FKA Twigs.

Além de juntar vários estilos em suas composições e interpretações, Jorja costuma abordar problemas sociais e das sociedades que as gerações anteriores não conseguiram resolver.

Seu estilo também mistura grime(um estilo de cantar britânico) e muitas gírias faladas nas ruas de Londres, cidade que em 2015 Jorja adotou como lugar onde se dedicaria exclusivamente à sua carreira.

É bom também pontuar que as composições de Jorja não são autobiográficas. Em uma entrevista para a revista The Fader, disse que prefere “contar a história de outras pessoas“.

Trabalhos de Jorja

Quando tinha 18 anos lançou "Blue Lights", que foi carregada no SoundCloud em janeiro de 2016, seguida de "A Prince" com Maverick Saber e "Where Did I Go?" música escolhida pelo rapper Drake como sua faixa favorita do momento em um artigo na revista Entertainment Weekly.

No fim de 2016, ela lançou seu primeiro trabalho,
Projeto 11 (2016), um EP de 4 faixas que aborda uma variedade de assuntos e estilos musicais.

Sua música “Blue Lights" foi nomeada na categoria Best Song nos Prémios MOBO de 2016. Também participou com o rapper canadense Drake de sua turnê no Reino Unido em um show em Birmingham e Londres.

Em março de 2017, Smith faz duas participações nas músicas "Jorja Interlude" e "Get It Together"
no álbum “More Life” do rapper do Drake.

No mesmo mês, ela lançou o single "Beautiful Little Fools" no Dia Internacional da Mulher. O título é uma referência a historia do livro e filme “The Great Gatsby”(O Grande Gatsby), e o vídeo apresenta Jorja cantando no Rivoli Ballroom em Londres, interpretando personagens de diferentes classes da sociedade.

Ela foi nomeada na categoria Best Female nos prémios MOBO de 2017.

Além de Drake ela fez colaborações com outros artistas notáveis como Stormzy, Kali Uchis, e com o produtor britânico de garage e grime(estilos britânicos) Preditah.

Em abril desse ano ela anunciou a estréia de Lost & Found, um album feito em estudio, o lançamento está previsto para ocorrer em 8 de junho de 2018.

Por que recomendo ouvir?

Para além dos prêmios, o estilo de Jorja apesar de ter conceitos “novos” possui uma vibe as vezes nostálgica, muito interessante, que pode agradar quem aprecia R&B e soul. Vale muito dar uma chance e colocar na playlist!!

E você? Que estilo curte ouvir? Tem alguma recomendação? Compartilhe conosco!!

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Parabéns, seu post foi selecionado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Obrigado!

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wow que biografia! parabens pelo belo post trazendo cultura e conhecimento para nós!

Grato pelo elogio!!

Caramba, belo trabalho, continue assim, musica é vida!!!


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