Quer Morar Numa Cidade Marítima? | Wanna Live in a Seasteading City?
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PT
Já postamos antes aqui sobre o Seasteading Institute, que propõe a criação de cidades nos oceanos e mares, clique aqui para ler esta postagem. Agora, uma outra iniciativa associada ao instituto, a Blue Frontiers, (Fronteiras Azuis) avança no seu projeto de criar 300 habitações flutantes no mar, totalmente sustentáveis e autônomas, auto-governadas e com a sua própria criptomoeda chamada Varyon.
O local escolhido foi a Polinésia Francesa, que consiste num território marítimo considerável contendo 118 ilhas. Além deste potencial em território marítimo, segundo o site do projeto, o local foi também escolhido por se tratar de uma região bem tropical, onde foram identificadas várias localizações adequadas, fora do cinturão de furacões, além de ter um cabeamento moderno de conexões de internet, e muitas conexões aéreas com grandes cidades como Los Angeles e São Francisco.
Bem, já escrevemos sobre os potenciais de propostas como esta, e como elas podem ser usadas para introduzir e experimentar sistemas de governança, e auto-governança, totalmente diferentes do convencional utilizado atualmente. Num artigo da CNBC, Nathalie Mezza-Garcia, uma das cientistas políticas que se tornou numa ativista e entusiasta desta proposta, falou sobre alguns pontos importantes deste projeto:
"Quando pudermos ver como esta primeira ilha funciona, teremos uma prova de conceito para planejar ilhas para abrigar refugiados do clima."
"Há um significado para este projeto estar sendo testado nas ilhas da Polinésia. Esta é a região onde a terra está descansando em corais e desaparecerá com o aumento do nível do mar".
Além de fornecer possibilidades de habitação para aqueles que precisam, estas ilhas são também projetadas para funcionarem como centros de negócios autônomos, livres de quaisquer influência regulatória de governos:
"Isso significa que há estabilidade, fora de influências geopolíticas flutuantes, questões comerciais e flutuações cambiais - é a incubadora perfeita".
Ela ainda diz que quaisquer tipo de governos que existirão sobre os projetos das cidades flutuantes, serão apenas servidores de serviços, e elas poderão muito bem se auto governar:
"Se você não quer viver sob um governo em particular, as pessoas poderão simplesmente levar sua casa e flutuar para outra ilha".
Bem, como dissemos no nosso outro post, as possibilidades são imensas. Imaginem os oceanos tomados por centros e cidades flutuantes e submarinas. Com auto grau de automatização, e com decisões tomadas por sistemas eletrônicos de democracia simples, onde se votam diretamente nas propostas. E se você por acaso não se sentir totalmente agraciado naquela cidade, poderá pegar o seu módulo individual, e se “acoplar” em outra ilha/cidade/centro marítimo.
Isso nos leva a algumas reflexões sobre as nossas políticas e nossa sociedade: o quanto realmente somos autônomos e independentes hoje em dia? Não seria isto o mais importante, antes de tudo, para construirmos uma civilização realmente avançada, desenvolvida e sobretudo, humana? Fazer com que todos os indivíduos/cidadãos tenham uma autonomia básica garantida, para então depois eles poderem se expressar na sua mais ampla criatividade, trabalho e talento?
Com muitos avanços tecnológicos em vista, isto será muito em breve possível: hortas automatizadas poderão produzir alimentos em consideráveis quantias com um mínimo de custo, num ambiente muito bem controlado e monitorado. Robôs e impressoras 3D, poderão fornecer toda a força produtiva necessária que a sociedade precisa. A água poderá ser obtida tanto pela dessalinização do mar, como por tecnologias que extraem a água da umidade do ar, e por quaisquer outras que se eventualmente desenvolvam. Mas tudo isto precisará de muita energia, aí precisaremos de conhecimento e tecnologia de ponta para gerar estas energias, seja ela solar, eólica, ou pelo aproveitamento das marés e das correntes marítimas, ou quaisquer outras fontes de energia que sejam descobertas ou disponibilizadas para a manutenção de tudo isto.
Levando tudo isso em consideração, a total autonomia e auto sustentabilidade das casas e cidades não parecem tão impossíveis de se atingir. E estes projetos de cidades marítimas podem muito bem ser o avanço inicial que desencadeará progressos ainda maiores nesta área.
Talvez o único e mais importante problema que eu perceba inicialmente, em tornar as pessoas autossuficientes e independentes do sistema, é que não será nada lucrativo: imaginem, vocês não precisarão comprar e pagar por nada, por comida, por energia, por água, por produtos … então, como ficará esta questão? Neste momento se precisará de uma grande revisão nesta questão econômica, social e política. Mas isso desenvolveremos em outros posts futuros.
E então, querem participar nesta primeira empreitada de se morar numa cidade marítima? Se informem mais sobre isto no site Blue Frontier. Tem também diversos artigos do site Business Insider, como este aqui. Já ocorreu um evento de pré-venda da criptomoeda Varyon, que será a moeda utilizada naquela cidade. Acredito que haverá agora, em algum momento no futuro, a abertura pública para a compra destes tokens digitais. No site você também poderá se informar sobre várias outras formas de colaborar com o projeto. Sejam bem vindos a civilização marítima!
ENG
We have already posted here on about the Seasteading Institute, which proposes to create cities in the oceans and seas, click here to read this post. Now, another initiative associated with the Institute, Blue Frontiers (https://www.blue-frontiers.com/), is advancing in its project to create 300 fully sustainable, autonomous, self-governing, and with its own cryptocurrency called Varyon.
The chosen site was French Polynesia, which consists of a considerable maritime territory containing 118 islands. In addition to this potential in maritime territory, according to the project website, the site was also chosen because it is a very tropical region, where several suitable locations have been identified, outside the hurricane belt, as well as having modern cabling for internet connections, and many air connections to major cities such as Los Angeles and San Francisco. Francisco.
Well, we have already written about the potentials of proposals like this, and how they can be used to introduce and experience systems of governance, and self-governance, totally different from the conventional one currently used. In a CNBC article, Nathalie Mezza-Garcia, a political scientists who became an activist and enthusiastic of this proposal, talked about some important points of this project:
Well, as we said in our other post, the possibilities are immense. Imagine the oceans taken by floating and underwater centers and cities. With a degree of automation, and with decisions taken by electronic systems of simple democracy, where they vote directly on proposals. And if you happen to not feel totally graced in that city, you can pick up your individual module, and "dock" on another island/ city/sea center.
This brings us to some reflections on our policies and our society: how really are we autonomous and independent today? Is not this the most important thing, first and foremost, to build a truly advanced, developed and above all human civilization? To ensure that all individuals/citizens have a guaranteed basic autonomy, so that afterwards they can express themselves in their broadest creativity, work and talent?
With many technological advances in mind, this will be soon possible: automated vegetable gardens will be able to produce considerable amount of food with minimal cost, in a very well controlled and monitored environment. Robots and 3D printers can provide all the necessary productive force that society needs. Water can be obtained both from the desalination of the sea, and from technologies that draw water from the moisture of the air, and from whatever others methods eventually developed. But all this will require a lot of energy, we will need the knowledge and the latest technology to generate these energies, be it solar, wind, or the use of tides and sea currents, or any other sources of energy that are discovered or made available for the maintenance of all this.
Taking all this into consideration, the full autonomy and self-sustainability of houses and cities do not seem so impossible to attain. And these sea-city projects may well be the initial breakthrough that will spark even greater progress in this area.
Perhaps the only and most important problem that I initially perceived in making people self-sufficient and independent of the system is that it will be unprofitable: imagine, you will not have to buy and pay for anything, for food, for energy, for water, for products ... then, how will we deal with all this? A major revision of this economic, social and political issue will be needed at this time. But we will develop this in other future posts.
And then, do you want to participate in this first endeavor to live in a maritime city? You can find out more about this on the Blue Frontier website. There are also several articles like this one from Business Insider. There has already been a pre-sale event for the cryptocurrency Varyon, which will be the currency used in that city. I believe that there will now be, at some point in the future, the public opening for the purchase of these digital tokens. On the site you can also learn about various other ways to collaborate with the project. Welcome to maritime civilization!
Opa acho a ideia interessante. Se funcionar vai ser uma boa, o que infelizmente acho muito difícil.
Existem muitas barreiras financeiras, econômicas, logísticas e burocráticas para um negócio como esse. A implementação de um negócio assim levaria muitos anos e um valor incontável. Acho que nem com o valor total de mercado de todas as criptos juntas não seria possível construir isso plenamente.
Ai chega a outro problema. No meu ponto de vista esse é um uso errado para criptomoedas e blockchain em si. Usar uma criptomoeda como a moeda oficial desse "país" me parece só um pretexto para arrecadar uma grana que nem de perto vai impactar o projeto em si. Isso se não for so um scam com uma shitcoin para roubar dinheiro de trouxa.
Como ideia acho bacana, mas parando para analisar não estamos nem perto de fazer algo assim, é simplesmente imprático. Mas é legal pensar nesse sentido, já temos uma visão do que fazer num futuro.
Valeu por compartilhar o post camarada!
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