NOSSO LAR - Estudo: Parte 01

in #pt5 years ago (edited)

NOSSO LAR - Estudo: Parte 01


No capítulo 1 do livro, começamos a ler os relatos de André Luiz no momento em que ele desperta no plano espiritual. Logo ao acordar, ele nota que não está mais no plano dos vivos, encontra-se num lugar estranho e ruim. Sentia medo, frio e sua mente estava cheia de dúvidas e agonias. Sem saber nada sobre sua situação ou porque estava ali, ele se põe a andar, sem rumo e sem refúgio. André não conseguia dizer sequer para onde estava indo, apenas tinha a certeza de que devia fugir dos outros que o ficavam perturbando e lhe impedindo até mesmo de repousar um pouco.

André Luiz recordava sua vida terrena, lembrava-se de ter sido um médico cujas fartas e vastas regalias e facilidades lhe concederam uma passagem boa para si e sua família, mas, como diz ele "a filosofia do imediatismo" o absorvera, fazendo com que pouco pensasse no futuro, focando nos gozos e prazeres carnais, como um verdadeiro hedonista. O autor nos conta que, com o passar do tempo, suas ideias começaram a clarear, e ele conseguiu perceber que o local onde se encontrava era de fato o que vinha depois da encarnação terrestre, e nada mais podia explicar sua estada ali além de seu estilo de vida, que passou a recordar, lembrando de como havia falhado e abusado da sorte que teve, além de todos aqueles que prejudicou por egoísmo ou hedonismo inconsequente.

Nesse capítulo inicial do livro vemos André Luiz tendo suas convicções e crenças totalmente destruídas diante da realidade em que se encontra. Sua vida farta e predominantemente egoísta e focada em prazeres materiais não lhe trouxe nada de bom. Não foram os bens materiais ou o fato de ser alguém de posses, mas o que ele fez com o que lhe foi dado é que é o problema. Com todo o conhecimento que ele tinha como médico e como alguém estudado, ele poderia ter feito valer a pena, melhorando a si como ser humano e as pessoas a sua volta, mas entregou-se a prazeres destrutivos que não só traziam males para ele como também para aqueles que o cercavam. Podemos ver que André Luiz não foi punido ou condenado a sofrer, eles mesmo, por afinidade, trouxe os sofrimentos para si e o levou a um lugar que fosse do mesmo nível que ele se colocou durante a vida. Não poderia haver justiça se nossos erros fossem simplesmente apagados no momento de nossa morte.

A principal lição que podemos tirar dessa passagem é que devemos fazer nossa vida valer a pena. Todos, independente de classe social ou crença religiosa, podemos praticar o bem e ajudar aqueles que nos cercam. Não precisamos esperar morrer para sermos felizes num paraíso, mas com pequenas ações aqui mesmo, nessa vida, já estamos a conquistar a felicidade e a vivenciá-la.



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Wow, suas considerações e o relato, acabam parecendo bem mais ricos do que assistir o filme ou até mesmo ler.

Parabéns! Valeu o postão e a idéia. Além de inteligente, pela consistência que gera de posts, é um bom assunto a se pensar: outras dimensões e consequências eternas de nossos atos, mesmo os que são feitos por desconhecimento / ignorância.

[]'s

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Fico feliz que tenha gostado, e, novamente, agradeço o comentário, sempre bom receber um feedback de um amigo! Valeu! :D

Essa questão de dimensões é sensacional, pois possibilita debates sobre entender os espíritos e os mundo espiritual como sendo um lugar que ocupa mais que três dimensões, tirando assim a necessidade de mistificar e envolver magias e características sobrenaturais a esses assuntos!