As Produções Científicas como Base do Pensamento Marxista Acadêmico
Desde de que o marxismo adentrou o cenário brasileiro, foi motivo de medo e histeria. Após os movimentos anarcosindicalistas de 1917, o comunismo começou a ganhar força nas classes operárias que passavam por dificuldades e por condições de trabalho precárias. Após a criação do PC (Partido Comunista) em 1922 e a tradução de Octávio Brandão do livro Manifesto do Partido Comunista, o movimento começava a ganhar ares intelectuais, que permeou toda sua trajetória de atuação até a 64. Durante o período militar, os comunistas inevitavelmente teriam que modificar suas táticas de atuação se assim quisessem produzir algum efeito futuro, mesmo que esse futuro fosse tão distante que a maioria dos intelectuais marxistas não o veria.
Enquanto parte dos militantes ainda seguiam o mesmo modelo cubano leninista, pela tomada do poder através das armas, utilizando-se de táticas de guerrilha urbana e rural, uma outra parte, composta por intelectuais tomavam as universidades, criando uma militância orgânica, mas não com o intuito de conquistarem o poder, mas sim a hegemonia do pensamento acadêmico.
“Esta segunda ala foi a que venceu e já era um força dominante por volta de 1980, uma época em que Gramsci era o autor mais citado em trabalhos universitários no Brasil. (Olavo de Carvalho)".
Por sinal bem-sucedida. A metodologia gramsciana de subversão dos valores ocidentais era mais fácil de se fazer engolir do que vender o próprio comunismo. A ideia de uma ditadura do proletariado, o socialismo, que precederia o comunismo, apropriando-se de todos os meios de produção, obrigando a todos trabalharem e viverem para o Estado tinha sérias dificuldades de ser aceita pela sociedade, afinal nenhuma sã consciência gostaria de viver pautada por uma ditadura. Por isso, a esquerda conseguiu incutir esses ideais através de suas produções acadêmicas, utilizando-se de uma linguagem que se relaciona muito bem com os movimentos sociais e movimentos pró-minorias como os movimentos negros, gays e feminista, mesmo que o fim desejado, seja uma ditadura genocida que massacre toda a população e cujo ideal, em grande parte, desprezou essas minorias.
Isso criou praticamente uma cultura acadêmica de ser esquerdista ao passo que qualquer pensamento contrário se torna motivo de rejeição. Para um aluno, até mesmo professor, defender uma tese que contrarie as ideologias de esquerda ou que defenda conceitos conservadores como o liberalismo econômico, capitalismo e o cristianismo, torna-se uma árdua tarefa. Dentro das universidades os movimentos estudantis são, majoritariamente de esquerda, ou seja, se você quiser ter voz dentro do campus, deve se “converter”. É inegável o quão eficaz é a estratégia gamsciana de disseminação cultural. Isso nos leva a pensar como podemos ter voz e mudarmos este cenário brasileiro de completa degradação moral, intelectual, cultural, econômica e social se continuarmos apenas com opiniões e posicionamentos, mas pouca ou nenhuma atividade visando a reconquista de espaço.
Não há outra forma de se combater a esquerda senão pela via cultural. Segundo Hugo von Hofmannsthal, “Nada está na realidade política de um país se não estiver primeiro na sua literatura". A direita precisa se organizar, criar militâncias, atuar em jornais, blogs, movimentos artísticos, associações, clubes e todo tipo de eventos possíveis e mostrar a população o porquê ela deve ser contra as ideologias marxistas. Não são frases feitas nas redes sociais que irão mudar a opinião popular, mas sim, com uma sólida base de pensamento e argumentos para se criar um massa intelectual nas próximas gerações. A esquerda hoje, possui a hegemonia do pensamento intelectual, mas não mais o “poder”, a direita não possui nem um nem outro. Se, a partir de hoje, não começarmos a produção de artigos, artigos científicos, livros, teses, filmes, documentários e todo tipo de material e ação que solidifique nosso movimento, podem ter certeza que os livros do MEC, no futuro, irão tratar esse levante de direita de maneira bem diferente.
Nota: Temos um fórum de discussão e produção de conteúdo de cunho conservador no Discord, se tiverem o interesse: https://discord.gg/cvZ6Ps9
Muito sensato seu texto, realmente o comunismo é muito perigoso, principalmente esse socialismo fabiano que vivemos atualmente, que travestido de capitalismo quer impor o comunismo.
projeto #ptgram power
A existência da candidatura Bolsonaro nada mais é do que uma resposta a esta invasão das universidades brasileiras.
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