RE: Série - Dialogando com o caso Schreber
Olá, tudo bem contigo @matheusggr? Parabéns por seu post e obrigado por usar nossa nova tag #fazendohistoria. E é claro, de participar do Desafio! Tá aí outra séria que já chegou #fazendohistoria heim? Interessante perceber como a família Schreber, aparentemente, tinha o conhecimento intelectual como uma "maestria de ofício". Os mestres de ofício medievais e da primeira modernidade, geralmente passavam seus conhecimentos hereditariamente. Mas aqui estamos falando de ferreiros, marceneiros, alfaiate, etc. Eco que percebo pode estar presente no campo intelectual, talvez. Até mesmo essa ideia de "Escrevemos para posteridade" tem muito de uma manifestação do guerreiro/cavaleiro, que sai em busca de aventuras para ser lembrado. Através da rememoração é que se alcança a vida eterna.
(que novidade que pouco se relata sobre as mães... hunf!)
Mas gente!! Esse Daniel Gottilieb (o pai) usou os filhos como cobaia? o.O O método "não contempla violência" ou eles preferiram dizer isso? hum... "somente não acostumado com afetuosidade" ou seja, era um alemão. (brinks)
Valeu @leodelara! Interessante essa questão dos mestres de ofício, e realmente essas coisas repercutem ao longo do tempo. Sobre a mãe é um viés, o próprio Schreber pouco fala dela também, o que é estranho mesmo. A violência e falta de afeto caminham juntos. Eu que agradeço pelo complemento! Obrigado!
Depois de Fernand Braudel, chamamos "essas coisas repercutem ao longo do tempo", de Longa Duração. Sobre as mães, irmãs, esposas, mulheres em geral, elas aparecem pouco na história antes do século XX. E quando o fazem, são retratadas como "mães, irmãs e esposas", ou seja, em relação ao homem. Abraço e até a próxima!
Interessante. Vem de uma estrutura que também vemos no termo Longa Duração até hoje em relação ao feminino. Ser referenciada em relação ao homem. Na prática clínica é muito comum, além ideal que se estrutura, nas bases familiares, que no caso discorrido em específico caminharemos no ideal do pai, e como as exigências que fazemos em nós mesmos em uma maneira geral, vem de um ideal construído nas bases da infância.